PlanET Brasil será apresentada oficialmente em meados de agosto, afirma CEO da Fornari durante missão internacional.
SANTA CATARINA – A Fornari Indústria, que tem uma vasta experiência na produção de equipamentos para a o agronegócio, segue ampliando sua presença no mercado nacional e internacional. Nos últimos dias a CEO Luciane Fornari esteve na Europa para consolidar a parceria com a empresa alemã PlanET – líder mundial na produção de usinas de biogás. Em breve, o mercado brasileiro terá à disposição a PlanET Brasil, que será apresentada oficialmente em meados de 2022 durante um evento nacional do agronegócio. A Fornari, empresa com matriz em Concórdia, é uma das responsáveis pela chegada da gigante alemã no Brasil.
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A última missão internacional da Fornari pela Europa serviu para fazer uma imersão nas novas tecnologias disponíveis para a produção de biogás. “Além de conhecer os mais diversos blends de biomassas para a geração de energia renovável, um dos maiores focos foi entender os modelos de negócios. Nosso objetivo é encontrar o formato ideal para o produtor rural, mas também para investidores de indústrias, que terão os projetos vinculados muito com a produção de biometano para substituir o diesel. O nosso projeto PlanET Brasil vai impactar muito o setor de logística”, destaca Luciane.
Em um primeiro momento o projeto brasileiro da PlanET deu ênfase na produção de energia elétrica através do biogás. Mas com o intercâmbio de ideias realizado ao longo dos últimos meses, Luciane conta que o Brasil tem possibilidades para converter sua frota de caminhões para o biometano. “Existem empresas brasileiras que fazem a conversão dos veículos à diesel para biometano com um custo-benefício excelente. Com o alto custo do diesel, a ampliação da rede de produção e distribuição de um combustível mais barato e que causa menos danos ao meio ambiente é fundamental para o desenvolvimento do nosso País.”
POTENCIAL PRODUTIVO DO BRASIL
Conforme levantamentos divulgados pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o Brasil produz aproximadamente 2% do que poderia produzir de biogás. O país teria o potencial para entregar 117,1 milhões de Nm3 (normal metro cúbico) por dia. Quase metade disso viria do segmento sucroenergético (49,2%), seguido pelo de proteína animal (30,2%), pelo de produção agrícola (15,4%) e a área de saneamento (5,2%).
Conforme especialistas no setor, a maior parte do biogás produzido no Brasil seria direcionado para a geração de energia elétrica (86%), seguido de energia termal (10%), produção de biometano (3%) e energia mecânica (1%).
BIOGÁS E BIOMETANO
Apesar de os dois estarem intrinsicamente ligados, é importante entender que o biogás é um produto da degradação de matéria orgânica na ausência de oxigênio. Sua produção pode ocorrer a partir de vários materiais, o que explica as diferenças de composição. O biometano, por sua vez, é produto da purificação do biogás. O processo de purificação envolve a retirada de umidade, gás carbônico e sulfeto de hidrogênio. O resultado é um gás com maior poder de combustão e equivalente ao gás natural, quando usado como combustível automotivo.
Dados de 2018 indicam que 3% da produção de biogás poderia ter se transformado em biometano. Desse total, a esmagadora maioria seria injetada como forma de energia na rede (97%) e os outros 3% seriam usados como combustível para movimentar frotas.