O ovo de galinha sempre foi um alimento popular no Brasil, mas por anos o consumo no mercado interno esbarrou em questões como preocupação com a saúde, por causa da associação da imagem do produto ao colesterol e/ou das calorias.
Nos últimos 20 anos restrições alimentares e médicas foram repensadas, com o desenvolvimento de novas pesquisas, o que impulsionou o consumo e consequentemente a produção no País. Além disso, crises econômicas e alto preço das carnes também ajudaram nesse incremento.
De acordo com os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção de ovo alcançou a marca de 54,5 bilhões de unidades ou equivalente em 2021. Ou seja, 1,8% a mais que registrado no ano anterior, de 53,5 bilhões de ovos. Já o volume projetado para 2022 poderá chegar até 56,2 bilhões de unidades, ou seja, 3% maior em relação a 2021.
Em 2021, o consumo per capita foi de 257 unidades, número 1,5% maior que o consumo registrado em 2020, quando chegou a 251 unidades por habitante/ano, e superior à média mundial que é de 230 ovos por habitante/ano. Essa mudança no perfil alimentar do brasileiro, a versatilidade do ovo e o aumento do preço de outras proteínas ajudaram a impulsionar o crescimento do setor. Por isso, a associação projeta para 2022 um aumento ainda maior: espera-se que cada brasileiro consuma 262 ovos, um incremento de 2,5% maior do que o registrado no ano passado.
Esse crescimento é tão nítido que é possível ver Estados como Rondônia, Acre e Pará – que em 2002 não produziam nada ou uma quantidade pífia – aumentando sua produção ao longo desses 20 anos. Em 2021 o Pará foi responsável pelo alojamento de 1,21% das pintainhas.
Apesar do crescimento da produção nos outros Estados, a participação paulista continua sendo bem maior. De acordo com a ABPA, em 2021, São Paulo possuía quase 30% das pintainhas alojadas por unidade federativa. Na sequência, temos Minas Gerais com 10,54% e Espírito Santo com 9,17%.
Leia a matéria completa na edição 1318 da revista Avicultura Industrial