Assim como nós humanos precisamos de uma dieta balanceada para equilibrar nosso organismo e garantir melhor funcionamento do nosso corpo, as aves também precisam de cuidados com a alimentação e com o ambiente em que vivem para poder gerar um bom rendimento e qualidade de carne aos produtores da avicultura industrial. Quando se fala de saúde intestinal das aves de corte não apenas falamos sobre a digestão dos alimentos que ela come e sim de uma série de fatores de manutenção que auxiliam na integridade do trato gastrointestinal.
As influências provindas desde o ambiente até a alimentação são pontos cruciais que interferem muito no bem estar do animal. Isso porque eles são sensíveis às variações de condições físicas e psicológicas, e o estresse gerado pode diminuir a alimentação de ração e fazer com que as aves desperdicem boa parte da energia que deveria ser usada para ganho de peso para dissipar outras necessidades.
O primeiro ponto de preocupação para garantir uma saúde intestinal da ave está em escolher uma boa ração, rica em nutrientes. A elevada produtividade alcançada hoje em produção de aves de corte vem parcialmente da obtenção adequada de nutrientes pelo organismo do animal. Para cada fase do ciclo produtivo, existe uma dieta específica. Os processos de absorção são dependentes de mecanismos de transporte que ocorrem na membrana das células epiteliais da mucosa, sendo, dessa forma, a integridade destas de vital importância, já que é a via de entrada dos nutrientes para o desenvolvimento da ave.
Poder equilibrar manutenção do espaço e garantir qualidade de produtos ingeridos pelos animais é a solução para a integridade gastrointestinal do animal. Este, em equilíbrio, consegue absorver nutrientes com mais eficiência e impede a fixação e multiplicação de agentes patogênicos na mucosa intestinal, prevenindo doenças e, consequentemente, melhorando o desempenho, diminuindo a mortalidade e a contaminação dos produtos de origem animal.
Outro grande ponto de destaque para o cuidado com aves de corte está na água dos bebedouros. A quantidade de água ingerida pelas aves aumenta com a elevação da temperatura do ambiente, sendo o consumo, em situação de estresse calórico, limitante para a taxa de sobrevivência. O estresse por calor e a hipertermia reduz a taxa de crescimento e a eficiência alimentar das aves de corte porque diminui o consumo. Temperaturas ambientais elevadas, além de reduzir o consumo, estimulam o desgaste do organismo para achar o equilíbrio térmico e induzem a diminuição do tamanho do compartimento de absorção e causam baixo ganho de peso. Quando o estresse por calor persiste por tempo prolongado, ocorre o comprometimento da maturação do intestino e consequentemente a maximização da absorção dos nutrientes.
A ventilação é uma complementação dos requisitos de conforto nos granjeiros, possibilitando manter o equilíbrio térmico entre a ave e o meio; e auxiliando para eliminar o excesso de umidade do ambiente e da cama, proveniente da água liberada pela respiração das aves e através dos dejetos.
A visita periódica de um especialista para avaliar as condições e saúde das aves e deixar as vacinas em dia também é de extrema importância nesse processo para garantir a saúde intestinal das aves, levando-nos a acompanhar toda qualidade de vida – no que tange a prevenção e promoção de saúde aos animais.
A saúde intestinal visa a busca de um equilíbrio entre o conteúdo luminal e a mucosa intestinal, visando observar se as características estruturais e funcionais estão dentro da expectativa do ciclo vital, atendendo a linhagem, espécie e gênero. Fique atento com a saúde intestinal das suas aves e garanta qualidade de entrega do seu produto final!
Para saber como melhorar a qualidade da sua produção, leia também sobre cuidados para evitar o estresse das aves.