A epidemia de gripe aviária, que varreu a maior parte da Ásia e a da Europa nos últimos anos, fez com que esses países passassem a consumir mais carne brasileira.
O maior exportador de frango do mundo permanece intocado por esse vírus altamente contagioso que levou ao abate generalizado de aves – mais de 30 milhões só Coreia do Sul.
A indústria da carne brasileira foi beneficiada pelas restrições impostas aos países asiáticos exportadores de aves, principalmente Tailândia e Turquia, nos últimos anos. O país dobrou suas vendas de carne não processada de US$ 1,5 para US$ 2,9 bilhões e a carne processada observou um aumento de US$ 220 para US$ 398 milhões.
O país ultrapassou os EUA como o principal criador de aves há uma década. As exportações brasileiras de frango cresceram 5%, atingindo 4,6 milhões de toneladas em 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal. A demanda pela carne brasileira pode crescer ainda mais depois que alguns países proibiram as importações ou abateram aves contaminadas para conter o avanço do vírus, como a China e partes da União Europeia, que estão entre os principais clientes do Brasil.
A gripe aviária é causada pelo vírus da influenza A de origem aviária, responsável pela doença em várias espécies domésticas e selvagens de aves e mamíferos, incluindo os seres humanos. Os surtos causados pelas cepas do vírus da gripe aviária de alta patogenicidade do subtipo H5N1 de origem asiática causaram alta mortalidade em animais e humanos em vários países do Sudeste Asiático, como Bangladesh, Camboja, China, Índia, Indonésia, Laos, Mianmar, Tailândia e Vietnã. Em alguns países, a H5N1 tornou-se endêmica em aves domésticas e foi responsável pelo abate de 250 milhões de aves, incluindo espécies selvagens.
Os países envolvidos no comércio global de carne adotam o código internacional de saúde animal para evitar o contágio da doença, além de implementarem as regulamentações nacionais. As perdas em uma região afetada podem resultar em benefícios para uma região não afetada. A parceria permanente entre as instituições públicas e privadas produz estudos epidemiológicos mais adequados, simulações de surto, a criação da infraestrutura necessária de serviços, estatísticas e análises econômicas e um sistema de informação em rede.
A biossegurança é a primeira linha de defesa para as aves comerciais contra doenças transmitidas por outros animais, sejam eles domésticos ou selvagens. A essência da biossegurança é minimizar o risco de que organismos estranhos entrem em contato com as aves, especialmente quando essas são criadas em confinamento. A Fornari contribui para esse cenário, com suas máquinas de limpeza e desinfecção de ambientes.
As normas de biossegurança são publicadas pelo Ministério da Agricultura. O transporte interestadual é restrito e é autorizado apenas entre os estados com normas semelhantes de serviços veterinários. Além disso, a licença de transporte de animais é emitida somente após a inspeção das aves. A Lei Normativa nº 56, de 4 de dezembro de 2007, descreve os procedimentos de registro, monitoramento e controle de estabelecimentos avícolas.
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