Poucos setores da economia apresentaram um crescimento maior que o experimentado pelo setor avícola nas últimas décadas. Em menos de meio século, o Brasil tornou-se o principal exportador e o terceiro maior produtor mundial de aves.
O agronegócio no Brasil apoia sua sustentabilidade sob dois aspectos principais: controle sanitário e controle de qualidade. Uma integração harmoniosa entre produtores e empresas do agronegócio é o diferencial mais importante dessa indústria, garantindo a excelência sanitária da produção e o baixo consumo de água e de energia.
O país alcançou seu papel de destaque no mercado mundial graças a investimentos em investigação, desenvolvimento e inovação. O sucesso do agronegócio no Brasil é resultado da excelência das suas empresas agrícolas, da competência dos produtores e do empenho das autoridades públicas. Ao longo da cadeia de produção de frangos, a qualidade e saúde do produto sempre foi a principal preocupação. O Brasil, entre os maiores produtores mundiais de frango e exportadores, permanece na posição invejável de ser o único país a não ter registado um único caso de Influenza*, graças ao seu excelente controle sanitário.
São dois os programas para o controle sanitário da indústria avícola. O primeiro é o Programa Nacional de Saúde da Avicultura, que realiza a vigilância epidemiológica e sanitária das doenças aviárias. O outro é o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, que fiscaliza produtos animais e vegetais. Estes programas cumprem as normas estabelecidas no Codex Alimentarius, elaboradas em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelecem padrões mundiais para os procedimentos de produção de gêneros alimentícios. O monitoramento, o controle de agentes patogênicos, a investigação da presença de resíduos e contaminantes na carne, são todos geridos por laboratórios independentes. Amostras de carne são retiradas de cada remessa para garantir que não haja presença de Influenza.
Os programas brasileiros são plenamente reconhecidos por mercados consumidores exigentes como a União Europeia e a Ásia.
As perspectivas para a indústria avícola brasileira em 2017 são amplamente positivas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A associação prevê que, apesar de um ambiente econômico desfavorável no país, a produção de frangos crescerá cerca de 5% em relação a 2016, enquanto a produção de ovos aumentará em cerca de 3%.
Os números divulgados no final de 2016 indicaram que a produção de carne de frango no Brasil foi 3,5% maior que o esperado, atingindo 12 milhões de toneladas. O aumento da produção foi impulsionada pelo aumento no consumo local – com o consumo per capita de carne de aves atingindo 43 kg – e pela forte demanda do mercado externo. Para 2017, espera-se que a produção total de carne de frango cresça entre 3% e 5%, impulsionada pelo aumento das exportações e pelo crescimento do mercado interno.
Como a indústria brasileira deve continuar a investir fortemente na mais moderna tecnologia de produção de aves, a sua posição como o primeiro exportador mundial de carne de frango continuará. A indústria avícola brasileira não é apenas líder em exportações, mas também é líder em sustentabilidade ambiental, além de possuir uma excelente reputação de produzir alimentos seguros, de qualidade e a preços competitivos, o que agrada consumidores de todo o mundo.
*A Influenza ou gripe aviária é uma doença infecciosa causada por estirpes do tipo A do vírus da gripe. A infecção pode causar um amplo espectro de sintomas em aves, variando de uma doença leve, que pode passar despercebida, a uma doença fatal capaz de causar epidemias graves.
Os vírus da gripe aviária normalmente não infetam seres humanos. No entanto, há casos de cepas altamente patogênicas que causam graves problemas respiratórios em seres humanos. Na maioria dos casos, as pessoas infectadas estiveram em contato com aves infectadas ou com objetos contaminados pelas fezes.
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